Da primeira poesia a gente nunca se esquece. “A Natureza” é a minha primeira poesia, a compus em agosto de 1998, eu estava então com 16 anos de idade.
Compus esse poema com uma inspiração ainda simples e com versos livres, isto é, sem metrificação e sem o propósito do ritmo (sendo coincidência qual ritmo nele se achar); e com alguma rima. Aliás, assim foi o meu início como poeta: eu poetizava com inspiração singela e versos livres. Chamo de “primícias” as minhas primeiras poesias.
Depois, já com inspiração mais primorosa, comecei a metrificar os versos e é assim que poetifico até hoje: atentando para o metro e a rima; o ritmo continua uma coincidência – não gosto de atentar para o ritmo. Dessa forma, a partir daí considero que minha alma se agitou com maior inspiração para a poesia. Compus até mesmo um poema sobre isso, em 15-4-2000, intitulado “Poesia”, ainda que com versos livres, mas o qual marca esse agito de minha alma (pretendo publicá-lo aqui no portal ainda).
A Natureza
A correnteza pós um tralho
Brilha com os raios do sol
E logo após o pôr do sol
Suas águas se misturarão com o orvalho.
Pássaros cantam
E as borboletas se alegram
Sumindo nos ipês floridos
Por entre seus galhos erguidos.
O silêncio da natureza
A um passo de tudo:
Animais gritando
Folhas caindo
Coqueiros balançando…
O vento vem
Vai e sempre ventila
Da baixa à alta altura.
No alto:
A ave aperfeiçoa o seu bom vício;
No baixo:
A formiga constrói o seu orifício.
Assim é a natureza
Sempre encantando com a sua beleza
Capaz de encher de amores um coração
E este, por sua vez, se lança à procura de outro coração.
São Gonçalo do Rio Preto (Ranchinho), agosto/1998.
Diego Emanuel